A “irmã água”
«Para nós crentes, a “irmã água” não é uma mercadoria: é um símbolo universal e uma fonte de vida e saúde». E dado que «demasiados irmãos e irmãs têm acesso a pouca água e talvez poluída, é necessário assegurar água potável e saneamento para todos». A denúncia do Papa Francisco ecoou na Biblioteca do Palácio Apostólico, ecoando em todo o mundo através dos meios de comunicação social, no final do Angelus dominical de 21 de março, véspera do Dia Mundial da Água, «que — explicou — nos convida a refletir sobre o valor deste maravilhoso e insubstituível dom de Deus». Palavras de denúncia relançadas com um tweet em @Pontifex na segunda-feira 22, dia em que o Bispo de Roma, através de uma mensagem vídeo do Cardeal Parolin, Secretário de Estado, se dirigiu aos participantes no encontro virtual promovido pela Fao e Unesco sobre o tema escolhido para o Dia deste ano: «Dar valor à água». Um tema que nos convida a ser mais responsáveis na proteção e utilização deste recurso fundamental, sem o qual não há vida, disse o cardeal em nome do Papa. «Desperdiçá-la, negligenciá-la ou poluí-la é um erro que continua a repetir-se», advertiu, mencionando também os efeitos nocivos das alterações climáticas: inundações, secas, aumento das temperaturas, variabilidade da pluviosidade, degelos, diminuição das correntes fluviais e esgotamento dos aquíferos subterrâneos.