O Iraque espera
Embora ainda seja um dos países com as maiores reservas petrolíferas do mundo, o Iraque que aguarda a visita do Papa — de 5 a 8 de março — é uma nação profundamente ferida pelas guerras que devastaram a sua história recente e, apesar das enormes riquezas do seu solo, uma grande parte dos mais de 40 milhões dos seus habitantes ainda vive na pobreza. Numa declaração publicada recentemente pela agência Fides, o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Al Kadhimi, salientou: «Nós, iraquianos, somos fortes na nossa pluralidade e religiosidade, e continuaremos a representar um símbolo de convivência, tolerância e verdadeira cidadania, não obstante todas as ciladas armadas por grupos obscuros que falharam nos seus planos de destruição do nosso lindo país. A presença de comunidades cristãs autóctones no Iraque, desde os tempos apostólicos, confirma a capacidade de abertura que distingue as civilizações que se sucederam desde os tempos mais antigos no espaço territorial da Mesopotâmia». É com este espírito que o martirizado país se prepara para receber e ouvir a mensagem de solidariedade e esperança do sucessor de Pedro, numa viagem caraterizada por um profundo sinal de fraternidade.