O Papa Francisco dispôs uma ajuda extraordinária para o Líbano, atingido por uma grave crise, doando 200.000 dólares americanos destinados a 400 bolsas de estudo. A notícia foi divulgada a 14 de maio, com um comunicado da Sala de imprensa da Santa Sé, recordando a «solicitude paternal» com que o Pontífice «continuou a acompanhar nestes meses a situação» da amada nação, definida por São João Paulo II “país-mensagem”, onde Bento XVI promulgou a exortação pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente, desde sempre exemplo da coexistência e irmandade que o Documento para a Fraternidade Humana, assinado em Abu Dhabi no dia 4 de fevereiro de 2019 pelo Papa Bergoglio e pelo Grão-Imã de Al Azhar, «quis oferecer ao mundo inteiro».
«O país dos cedros, neste ano centenário do “Grande Líbano” — prossegue o comunicado — encontra-se numa grave crise que gera sofrimento e pobreza, e corre o risco de “roubar a esperança”, especialmente às gerações mais jovens, que veem o seu presente difícil e o seu futuro incerto». E, neste contexto, «torna-se cada vez mais difícil assegurar aos filhos e às filhas do povo libanês o acesso à educação que, sobretudo nos pequenos centros, foi sempre garantido pelas instituições eclesiásticas». Assim, «como sinal tangível de proximidade, o Santo Padre, através da Secretaria de Estado e da Congregação para as Igrejas Orientais, decidiu enviar à nunciatura apostólica» a quantia destinada às bolsas de estudo, «na esperança de que se possa alcançar uma aliança de solidariedade, e com a esperança de que todos os atores nacionais e internacionais persigam responsavelmente a busca do bem comum, superando todas as divisões ou interesses partidários».
Assim, a iniciativa do Pontífice une-se à contribuição oferecida nestes dias pelo “Fundo de emergência da cio (Congregação para as Igrejas Orientais)”, instituído com a finalidade de debelar a pandemia de Covid-19. «A Mãe de Deus, que da montanha de Harissa vela sobre o Líbano, proteja o povo libanês - conclui o comunicado — com os santos do querido país dos cedros».