No final da missa celebrada em forma particular – na manhã de 19 de abril, na igreja romana de Santo Espírito “in Sassia”— no vigésimo aniversário da canonização da Irmã Faustina Kowalska e da instituição do domingo da Divina misericórdia, antes de conceder a bênção conclusiva, o Santo Padre guiou a recitação do Regina caeli, introduzindo-a com as seguintes palavras.
Estimados irmãos e irmãs!
Neste segundo Domingo de Páscoa, foi significativo celebrar a Eucaristia aqui, na Igreja do Espírito Santo “in Sassia”, que São João Paulo ii quis como Santuário da Divina Misericórdia. A resposta dos cristãos nas tempestades da vida e da história só pode ser a misericórdia: o amor compassivo entre nós e por todos, especialmente por aqueles que sofrem, por quantos mais lutam, pelos que estão mais abandonados... Não pietismo, não assistencialismo, mas compaixão, que vem do coração. E a misericórdia divina vem do Coração de Cristo, de Cristo Ressuscitado. Brota da ferida sempre aberta do seu lado, aberta para nós, que precisamos sempre de perdão e de conforto. A misericórdia cristã inspire também a justa partilha entre as nações e as suas instituições, a fim de enfrentar a crise atual de maneira solidária.
Formulo os bons votos aos irmãos e às irmãs das Igrejas do Oriente, que hoje celebram a Festa da Páscoa. Juntos anunciemos: «Verdadeiramente, o Senhor ressuscitou!» (Lc 24, 34). Sobretudo neste tempo de provação, sintamos como é grande a dádiva da esperança que deriva do facto de termos ressuscitado com Cristo! Em particular, regozijo-me com as comunidades católicas orientais que, por motivos ecuménicos, celebram a Páscoa juntamente com as ortodoxas: que esta fraternidade sirva de um conforto onde os cristãos são uma pequena minoria!
Com alegria pascal dirijamo-nos agora para a Virgem Maria, Mãe de Misericórdia!